domingo, 16 de maio de 2010
Pressão Arterial
Segredos da Longevidade
A expectativa de vida do brasileiro já ultrapassou os 70 anos. Estudo recente do IBGE mostra que enquanto a população de jovens – de 0 a 19 anos – cresceu 2,5 por cento, a população de idosos – acima de 70 anos – cresceu 68 por cento.
Pressão arterial: Por que aferir?!
Prof. Acir Evaristo da Silva
A tensão arterial ou pressão arterial, constitui fator ímpar no comportamento fisiológico dos seres humanos. Ela regula todo o metabolismo orgânico, possibilitando todas as atividades voluntárias e involuntárias que conhecemos. O organismo funciona com um nível pressórico aceito, universalmente como normal, em torno de (< l40 / < 90 mmHg) para adultos em atividade vital básica, respeitando-se a individualidade biológica de cada ser.
IDENTIFICANDO A PRESSÃO ARTERIAL
A alteração pressórica acima dos valores tidos como normais é denominada de hipertensão arterial. Segundo Williams (1985, p. 963) nos adultos a pressão diastólica inferior a 85 mg é considerada normal; entre 85 e 89, é considerada normal alta; de 90 a 104, hipertensão leve; de 105 a 114, hipertensão moderada; e de 115 ou mais, hipertensão grave.
Entre os fatores que interferem nos níveis pressóricos estão a idade, sexo, raça, obesidade, fumo, álcool, ocupação, stress e sensibilidade ao sal . A pressão arterial oscila normalmente em qualquer pessoa e adapta-se às variações orgânicas de acordo com a atividade desempenhada e o estado emocional do indivíduo num mesmo dia, não significando necessariamente, que haja problema se a pressão estiver diferente entre uma ou outra mensuração.
A hipertensão se classifica em:
1. Essencial ou primária - mais de 90% de todos os casos, hipertensão sem causa definida.
2. Secundária - acomete a uma minoria de pessoas e, por permitir identificar suas causas que, na maioria das vezes, se relaciona com alterações hormonais e/ou na função renal, pode ser curada.
3. Maligna - acomete em cerca de 1% das pessoas já portadoras de hipertensão primária ou secundária. Enquadra-se como emergência médica grave. Tratamento apenas clínico.
COMO É REGULADA A PRESSÃO
Localizado no bulbo cerebral , encontra-se o centro vasomotor, um dispositivo do sistema nervoso que se destina a manter e orientar a pressão e suas oscilações. Atua, recebendo diretamente informações do córtex e do hipotálamo sobre as necessidades circulatórias do organismo, agindo nas arteríolas, proporcionando maior ou menor constrição das mesmas e regulando a passagem do sangue.
O coração quando se contrai , promove a sístole, lançando um volume de sangue a uma pressão proporcional a esse volume, numa determinada frequência cardíaca. Aumentando a frequência, aumenta o volume de sangue ejetado e, também, a pressão arterial.
O aumento de pressão também pode ocorrer por problemas periféricos que diminuam a elasticidade das artérias e deixam de ceder à passagem do sangue.
Alguns hormônios provocam vasoconstrição elevando a pressão, sendo que o mais conhecido é a adrenalina, que é secretado pelas glândulas supra-renais.
Durante o exercício prolongado na maioria das vezes , ocorre o aumento de gás carbônico, ácido láctico e outros ácidos resultantes do metabolismo dos tecidos. Esse processo promove a dilatação da parede das artérias e a pressão diminui. É o centro vasomotor agindo para melhorar a oxigenação do organismo , facilitando a circulação, diminuindo o esforço coronário com a queda também da freqüência cardíaca.
É comum vivenciarmos pessoas que no decorrer dos exercícios sofrem desmaios. Eles estão, na maioria das vezes ligados a esse efeito vasodilatador, que diminui a irrigação cerebral , refletindo diretamente no nível de consciência da pessoa .
EQUIPAMENTO DE MEDIDA
Utiliza-se para a mensuração da pressão arterial o aparelho denominado esfigmomanômetro (manguito), com o auxílio de outro equipamento denominado estetoscópio . Os dois formam o conjunto técnico para a aferição da P.A.. Os aparelhos de pressão podem ser encontrados em várias apresentações: portátil, de coluna de mercúrio fixo ou móvel e digitais.
COMO MEDIR A PRESSÃO
Para a medida da pressão arterial o indivíduo pode estar sentado ou deitado de acordo com a necessidade. O local do braço onde o aparelho será colocado deve estar sem vestuário. O braço deve estar em suave flexão, abduzido e relaxado. O aparelho deverá ser colocado (2,5 cm) acima da dobra interna do cotovelo; o estetoscópio posicionado nos ouvidos e a campânula apoiada na artéria da dobra interna do cotovelo. Insufle o manguito até aproximadamente 180 mmHg, e após, desinsufle gradativamente o aparelho e acompanhe com o estetoscópio a oscilação do som na artéria braquial, do mais forte até desaparecer. Neste momento são registradas respectivamente as pressões: sistólica(máxima) e diastólica (mínima), através da visualização no aparelho dos valores pressóricos no momento da percepção do som na artéria e quando ele desaparece. Com os aparelhos de leitura digital, utiliza-se apenas o envolver do braço com o aparelho e a insuflação, que é interrompida por um sinal sonoro e em seguida o próprio aparelho desinsufla e, indica a medida no seu visor.
INIMIGO OCULTO
O maior perigo da hipertensão é a não percepção da sua instalação no organismo por não haver, na maioria dos casos, manifestação dos sintomas. Isso leva ao indivíduo a só se dar conta da doença, quando ela já atinge um estágio mais avançado. A manifestação dos sintomas mais comuns são: dor de cabeça frontal ou nucal, náuseas, vômito, tonteira, epistaxe, cansaço, palpitações e sudorese. Qualquer desses sinais ou sintomas pode ser reflexo do início de uma hipertensão, mesmo que seja leve. Caso aconteça algum desses sintomas oriente o aluno a procurar um serviço médico.
Todos esses tópicos aqui relatados reforçam a necessidade das avaliações que antecedem o início da participação em programas de atividades físicas, onde Médicos e Profissionais de Educação Física têm papel importantíssimo no diagnóstico e acompanhamento de seus alunos, portadores ou não de hipertensão.
Referências Bibliográficas
ASTRAND, P.O. Tratado de Fisiologia do Exercício. 2 ed. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980
ARMSTRONG, K.F. Enciclopédia Barsa. 5 ed. V.2. p.27. São Paulo: Melhoramentos, 1968
MATHEWS, D.K. Medida e Avaliação em Educação Física. 5 ed. P.232. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980
MEDICINA E SAÚDE, Enciclopédia da Família. V.1. São Paulo: Abril Cultural, 1968, p. 50/51-68/69
WILLIANS, G.H.; BRAUNWALD E. Harrison´s Principles of Internal Medicine. Harrison Medicina Interna. 11 ed. V.1. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1987
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Para as colegas que pediram é só clicar e imprimir. Bom trabalho a todos! Maura
Um comentário:
Olá blogueiro!
O número de pessoas com hipertensão no Brasil aumentou de 21,5%, em 2006, para 24,4%, em 2009. A hipertensão é uma doença silenciosa e ataca todas as faixas etárias. Por isso, junte-se à campanha de combate e controle da hipertensão do Ministério da Saúde. Você pode ajudar na conscientização da população por meio do material de campanha que disponibilizamos para download.
Caso se interesse, entre em contato com comunicacao@saude.gov.br
Obrigado!
Ministério da Saúde
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