2.2 Dificuldades Escolares de Origem Afetiva
A criança que ingressa na escola elementar acha-se bruscamente confrontada com uma situação nova a qual terá que adaptar-se rapidamente. Particularmente confronta-se com o problema de sua própria eficácia, já que deve submeter-se às aprendizagens e ser bem sucedida de acordo com um ritmo que, na maioria dos casos não leva em conta suas possibilidades reais.
“(...) como não poderia de ser, se acha embutida, às vezes desembutida clara explicita, uma antropologia, certa compreensão ou visão do ser humano gestando sua natureza na própria historia, de que se torna necessariamente sujeito e objeto. É exatamente uma das conotações desta natureza, social e historicamente construindo-se, que finda não só a afirmação feita no trecho citada, mas em a que radicam coerentemente as posições de ordem político-pedagógicas, definidas por mim ao longo dos anos”. (FREIRE, 1992:348/149).
2.3 a ) Dificuldades de Leitura
A leitura é a possibilidade própria que cada uma das pessoas tem dotar de sentido e de significado, sejam eles textos escritos, desenhos, comportamentos e expressões. É fato que os indivíduos não nascem sabendo ler, mas também é fato que não aprendem a fazê-lo apenas quando entram na escola (CHARTIER, 1998). Com as crianças acontecem da mesma forma.
Percebem-se então três grandes causas funcionais nos problemas de leitura-escrita:
Os déficits da função simbólica que podem ser observados nas debilidades,
Os atrasos ou os defeitos de linguagem.
Os problemas essencialmente psicomotores.
As discordâncias que reterão aqui nossa atenção concorrem as que atingem a organização do olhar e a prevalência manual. De acordo com LAUNAY (1952), nossas próprias observações nos permitem afirmar que em muitos casos de dislexia, constata-se uma dominância cruzada da mão e da visão. A leitura de um texto é feita graças a uma sucessão de movimentos oculares bruscos e ritmada, orientados obrigatoriamente da esquerda para a direita. A organização desta motricidade ocular é muito precoce.
b) distúrbio de leitura
Dislexia: Neurologicamente conceituando trata-se da incapacidade de compreensão do que se lê, devido a lesão no sistema nervoso central. Porem muitas vezes esta condição apresenta-se sem qualquer comprometimento neurológico, neste caso dislexia poderá ser considerada a condição em que o aluno consegue ler, mas experimenta fadiga e sensações desagradáveis.
c) Disgrafia: É a dificuldade em passar para a escrita o estimulo visual ou a percepção. Caracteriza-se pelo lento traçado das letras, em geral são ilegíveis.
Existem vários níveis de disgrafia, desde a incapacidade de segurar um lápis e traçar uma linha, até a apresentada por crianças que são capazes de fazer desenhos simples, mas não copias de palavras do quadro.
d) Disortografia: Caracteriza-se pela incapacidade de transcrever corretamente a linguagem oral, havendo trocas ortográficas e confusão de letras. As disortografia são normais nas series iniciais, porque a relação entre palavra impressa e os sons ainda não estão totalmente dominadas.
e) Discalculia: Falha na aquisição da capacidade e na habilidade de lidar com conceitos e símbolos matemáticos. Basicamente, a dificuldade está no reconhecimento do numero e do raciocínio matemático. Atinge de 5 a 6% da população com problemas de aprendizagem e envolve dificuldades na percepção, memória, abstração, leitura, funcionamento motor; combina atividades dos dois hemisférios.
Cabe ao psicopedagogo contextualizar, sempre que possível, os conteúdos sistematizados pela escola, favorecendo a vivencia destes conteúdos para que possa ser mais facilmente compreendido pela criança.
REFERÊNCIAS
FERNANDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada. Porto Alegre, Artes médicas 1994:109.
FREIRE, 1992: 384/149 – Pedagogia do Oprimido.
GARDNER, Howard. As estruturas da mente – A teoria das inteligências múltiplas .Porto Alegre, Artes médicas, 1994.
KOHL, Marta. Vigotsky – Aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-histórico. São Paulo, Scipione, 1993.
LAPIERRE, 1984, p. 58
LAUNAY, 1952
LDB, 1996 constituição federal de 1988.
MEC SEF. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Vol.. 1, 1998, p. 46.
REVISTA – A sociedade Brasileira de psicomotricidade.
REVISTA da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Vol. 14. Nº. 34 – 1995. 1982. p. 17 – XHTTP://abpp.com.br/main.asp. Acessado em: 27/06/2007
WEISS, Maria Lúcia. Psicopedagogia clínica. Uma visão diagnóstica. Porto Alegre. Artes médicas. 1992. p. 133 - 134
Maria Maura Marcolino e Silva
Esse artigo é parte integrante da Monografia apresentada ao curso de Pós-graduação, Lato-Sensu em Psicopedagogia da (FIJI)
Universidade Integrada de jacarepaguá
marimaura@hotmail.com
profmaura@hotmail.com
A criança que ingressa na escola elementar acha-se bruscamente confrontada com uma situação nova a qual terá que adaptar-se rapidamente. Particularmente confronta-se com o problema de sua própria eficácia, já que deve submeter-se às aprendizagens e ser bem sucedida de acordo com um ritmo que, na maioria dos casos não leva em conta suas possibilidades reais.
“(...) como não poderia de ser, se acha embutida, às vezes desembutida clara explicita, uma antropologia, certa compreensão ou visão do ser humano gestando sua natureza na própria historia, de que se torna necessariamente sujeito e objeto. É exatamente uma das conotações desta natureza, social e historicamente construindo-se, que finda não só a afirmação feita no trecho citada, mas em a que radicam coerentemente as posições de ordem político-pedagógicas, definidas por mim ao longo dos anos”. (FREIRE, 1992:348/149).
2.3 a ) Dificuldades de Leitura
A leitura é a possibilidade própria que cada uma das pessoas tem dotar de sentido e de significado, sejam eles textos escritos, desenhos, comportamentos e expressões. É fato que os indivíduos não nascem sabendo ler, mas também é fato que não aprendem a fazê-lo apenas quando entram na escola (CHARTIER, 1998). Com as crianças acontecem da mesma forma.
Percebem-se então três grandes causas funcionais nos problemas de leitura-escrita:
Os déficits da função simbólica que podem ser observados nas debilidades,
Os atrasos ou os defeitos de linguagem.
Os problemas essencialmente psicomotores.
As discordâncias que reterão aqui nossa atenção concorrem as que atingem a organização do olhar e a prevalência manual. De acordo com LAUNAY (1952), nossas próprias observações nos permitem afirmar que em muitos casos de dislexia, constata-se uma dominância cruzada da mão e da visão. A leitura de um texto é feita graças a uma sucessão de movimentos oculares bruscos e ritmada, orientados obrigatoriamente da esquerda para a direita. A organização desta motricidade ocular é muito precoce.
b) distúrbio de leitura
Dislexia: Neurologicamente conceituando trata-se da incapacidade de compreensão do que se lê, devido a lesão no sistema nervoso central. Porem muitas vezes esta condição apresenta-se sem qualquer comprometimento neurológico, neste caso dislexia poderá ser considerada a condição em que o aluno consegue ler, mas experimenta fadiga e sensações desagradáveis.
c) Disgrafia: É a dificuldade em passar para a escrita o estimulo visual ou a percepção. Caracteriza-se pelo lento traçado das letras, em geral são ilegíveis.
Existem vários níveis de disgrafia, desde a incapacidade de segurar um lápis e traçar uma linha, até a apresentada por crianças que são capazes de fazer desenhos simples, mas não copias de palavras do quadro.
d) Disortografia: Caracteriza-se pela incapacidade de transcrever corretamente a linguagem oral, havendo trocas ortográficas e confusão de letras. As disortografia são normais nas series iniciais, porque a relação entre palavra impressa e os sons ainda não estão totalmente dominadas.
e) Discalculia: Falha na aquisição da capacidade e na habilidade de lidar com conceitos e símbolos matemáticos. Basicamente, a dificuldade está no reconhecimento do numero e do raciocínio matemático. Atinge de 5 a 6% da população com problemas de aprendizagem e envolve dificuldades na percepção, memória, abstração, leitura, funcionamento motor; combina atividades dos dois hemisférios.
Cabe ao psicopedagogo contextualizar, sempre que possível, os conteúdos sistematizados pela escola, favorecendo a vivencia destes conteúdos para que possa ser mais facilmente compreendido pela criança.
REFERÊNCIAS
FERNANDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada. Porto Alegre, Artes médicas 1994:109.
FREIRE, 1992: 384/149 – Pedagogia do Oprimido.
GARDNER, Howard. As estruturas da mente – A teoria das inteligências múltiplas .Porto Alegre, Artes médicas, 1994.
KOHL, Marta. Vigotsky – Aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-histórico. São Paulo, Scipione, 1993.
LAPIERRE, 1984, p. 58
LAUNAY, 1952
LDB, 1996 constituição federal de 1988.
MEC SEF. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Vol.. 1, 1998, p. 46.
REVISTA – A sociedade Brasileira de psicomotricidade.
REVISTA da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Vol. 14. Nº. 34 – 1995. 1982. p. 17 – XHTTP://abpp.com.br/main.asp. Acessado em: 27/06/2007
WEISS, Maria Lúcia. Psicopedagogia clínica. Uma visão diagnóstica. Porto Alegre. Artes médicas. 1992. p. 133 - 134
Maria Maura Marcolino e Silva
Esse artigo é parte integrante da Monografia apresentada ao curso de Pós-graduação, Lato-Sensu em Psicopedagogia da (FIJI)
Universidade Integrada de jacarepaguá
marimaura@hotmail.com
profmaura@hotmail.com
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