segunda-feira, 19 de março de 2012

Casamento

CASAMENTO

Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento.

Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga,

em vez de se submeter à triste monotonia do matrimônio.

O mestre disse que respeitava suas opiniões, mas lhes contou a seguinte história:

- Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia a escada para preparar o café e sofreu um enfarte.

Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando, a levou até à caminhonete.

Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta.

Durante o Velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou.

Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados.

Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção:

- "Meus filhos, foram 55 bons anos...

Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem idéia do que é o compartilhar a vida com alguém por tanto tempo" .

- Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou :

- "Ela e eu tivemos juntos muitas crises.

Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade.

Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam.

Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, trocamos abraços em cada Natal, e perdoamos nossos erros...

Filhos, agora ela se foi e eu estou contente.

E vocês sabem por quê?

Porque ela se foi antes de mim e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida.

Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso.

Eu a amo tanto que não gostaria que sofresse assim..."

Quando meu pai terminou de falar, meus irmão e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo :

- "Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa."


E por fim o professor concluiu :

- Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor.

Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com erotismo,

mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas.'

Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar.

Pois esse tipo de amor era algo que não conheciam.

O verdadeiro AMOR se revela nos pequenos gestos,

no dia a dia e por todos os dias.

O verdadeiro AMOR não é egoísta, nem é presunçoso,

nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.



"QUEM CAMINHA SOZINHO PODE ATÉ CHEGAR MAIS RÁPIDO,

MAS AQUELE QUE VAI ACOMPANHADO,

COM CERTEZA CHEGARÁ MAIS LONGE

Mantenha suas palavras leves e doces
pois pode acontecer de você precisar
engolir todas elas.
Munir Darwich

Mariamaura

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