Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina". Cora Coralina
Educar significa promover a educação de alguém, inclusive de si próprio; também significa dar a alguém todos os cuidados necessários ao pleno desenvolvimento de sua personalidade.
A palavra educar remete-nos à instrução, ensinamento. Mas muito mais que educar, o professor tem a difícil tarefa de aprender, e a árdua missão de se manter atualizado, principalmente nos dias de hoje, em uma sociedade predominantemente dependente da informação. Vivemos a época da comunicação.
Contudo, compete ainda ao educador desenvolver uma outra habilidade, não obstante, talvez ainda mais importante que a capacidade de educar, a de ouvir. Ouvir, mais que educar, ou mesmo que pensar, sempre foi das mais difíceis tarefas para o ser humano, principalmente nos dias de hoje, com a avalanche de informações com as quais somos bombardeados continuamente, dia após dia, através dos mais variados meios de comunicação. Destaque-se aqui, a Internet.A educação deve promover o pensamento crítico, contribuindo com o desenvolvimento do cidadão, enquanto pessoa, inteligência, espírito, enfim, enquanto ser integral. E a nobre missão de trabalhar essa educação na coletividade compete ao professor, ou mais ainda, assim preferimos nos referir, ao educador. Desde a base, nas séries iniciais, até ao indivíduo supostamente consciente dos cursos superiores. Caberia, portanto, ao professor estimular esse pensamento crítico, autônomo, que possibilite a tomada de decisões sempre calcada em princípios éticos e morais. Para isso o profissional professor deve ser o primeiro a discutir seus próprios princípios, posturas, ética, moral e entender seu papel político e social, suas responsabilidades perante aos que orienta.Educar é mais que formar cidadãos, é contribuir com a formação do próprio espírito e de um indivíduo comprometido com a ética e a sociedade. Todos nós, estudantes e professores, somos sedentos por conhecimento, e ainda temos muito que aprender, isso é inconteste, e frequentemente nos alternamos em nossos papéis. Mas aquele que ocupa o cargo de professor deve privilegiar sempre suas atitudes e ações, mais do que suas palavras.
Professor e pais têm importante papel na formação desse sujeito, com todos os comprometimentos e virtudes discutidos anteriormente.Mas são poucos os que conseguem alcançar a excelência nesta atividade.
De todos os professores que particularmente já passaram por nós, em todas as fases escolares e acadêmicas, poucos se mantêm nitidamente na memória. Não que os demais não tenham sido importantes, certamente o foram e contribuíram de alguma forma para o que hoje somos e para o que pensamos, mas esses professores “especiais” dos quais lembramos, marcaram por conseguir extrair mais de nós, enquanto estudante, ou mesmo aprendiz. E o fizeram com maestria, com destreza, como poucos.
Eles certamente não ensinaram, eles nos fizeram aprender.Existe uma frase atribuída a D. Pedro II onde ele afirma que "Se eu não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro". Ser professor é uma missão, mas antes disso, é uma arte, a de congregar diferentes conceitos, discuti-los com diferentes “mundos” e idéias muitas vezes sedimentadas nos alunos, e apresentá-los de forma a promover o entendimento, pelo menos conceitualmente, já que necessariamente nem sempre aceitemos o que nos apresentam, embora concordemos com o conceito. Ser professor é orientar, e àqueles que se mantêm atentos, mais que ensinar o conteúdo da disciplina, mas conteúdos para a vida.
Autora:
Psicopedagoga , socióloga e filósofa Mariamaura
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