2- Caminhando para maturidade cristã




A Bondade é uma das mais importantes virtudes do cristianismo. Espalhada pelas muitas páginas da Bíblia, encontram-se diversas passagens que são conhecidas pela sua capacidade de dizer muito em poucas palavras. São João 11:35 é conhecido como o menor texto das escrituras – duas palavras:

“Jesus chorou” (João 11:35)

Nestas duas palavras, o apóstolo João expressa todo um cenário repleto de implicações para todos os que professam o cristianismo

Ali, eles o crucificaram” (João 19:18)

Estas quatro palavras também tem um sentido poderoso e quase indescritível para todos os cristãos do século 21.

Ao lermos a epístola de Paulo aos efésios (Efésios 4:25-32) logo no início da mesma veremos o apóstolo falando sobre a grandeza de Deus, do seu poder, da sua glória e sobre o dom da salvação. Já na segunda parte desta carta direcionada aos Efésios, Paulo começa a diminuir o tamanho de suas expressões e passa a dar conselhos práticos, concisos para a vida cristã, apresentando as implicações dos princípios estabelecidos na primeira parte da epístola.

Em Efésios 4:25-32 ele recomenda:

Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros.
Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira,
nem deis lugar ao diabo.
Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado.
Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.
E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.
Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia.
Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou. (Efésios 4:25-32 )

Por exemplo, o apóstolo Pedro, em II Pedro 1:5-7

“Por isso mesmo, vós reunindo toda vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude e com a virtude o conhecimento e com o conhecimento o domínio próprio, com o domínio próprio a perseverança, com a perseverança a piedade e com a piedade a bondade e com a bondade o amor” (II Pedro 1:5-7)

Pedro relaciona a virtude da bondade próxima a virtude do amor, que é a essência de todas as virtudes e o fruto do Espírito Santo.

Mas o que vem a ser bondade? E eu quero chamar a sua atenção neste momento: Bondade de acordo com a definição é a qualidade daquele que tem alma nobre.



Em I Pedro 2:9 a Bíblia diz:



Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (I Pedro 2:9)



Nós como povo de Deus somos um povo real, uma nação santa. Bondade é a qualidade daquele que é nobre, generoso, aquele que é sensível aos males do próximo e naturalmente inclinado a fazer o bem, estas são as características do indivíduo que cultiva a bondade. No contexto bíblico a palavra bondade aparece no Novo Testamento, doze vezes e no Antigo Testamento quarenta e seis. No original em grego do Novo Testamento aparece como a palavra “crestos”, que significa virtuoso, bom, manejável, fácil de levar, gentil, agradável, benevolente. Essas são as qualidades e esse é o sentido dessa expressão na palavra de Deus, a Bíblia. A Bondade de fato, é uma virtude que cresce na vida daqueles que permitem a ação do Divino Espírito, e como todos os demais frutos do Espírito, ela só pode existir a partir do exercício de nossa vontade, sobretudo da renúncia do próprio eu.



Em Romanos 7:18, falando sobre a Lei e o pecado e sobre a dificuldade em buscar fazer o bem, em ser bondoso, em ser amável, Paulo escreve:



Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. (Romanos 7:18)



A bondade como os demais frutos do Espírito, é resultado da ação divina em nossa natureza. De fato, a bondade não é um conceito abstrato ou etéreo, mas é algo concreto, visível e prático. Entretanto esta virtude só pode existir no coração daqueles que escolheram ter a Cristo como parte de sua vida. Ao fazer menção sobre o valor e a importância da bondade, o espírito de profecia declara através dos escritos de Ellen White: “Se Cristo está habitando em nosso coração, ele será objeto de nossas palavras, a lei da bondade será observada em nossa língua e como resultado experimentaremos a paz interior. Aqueles que experimentam uma comunhão diária com Deus e se revestem da mansidão de Cristo, suas palavras serão doces e suaves, em seu dia a dia espalharão as sementes do amor e da bondade em todos os seus caminhos, porque Cristo vive em seu coração”.



É interessante notar que na palavra de Deus, Deus não apenas nos recomenda a amar e ajudar as pessoas, mas Deus também nos recomenda a sermos bondosos uns para com os outros. Mas como podemos ser bondosos em um mundo cruel e pecaminoso como o nosso? Como ser bondoso em uma sociedade injusta, desrespeitosa e individualista? É provável que muitos de vocês conheçam o poema de Samuel Walter Foss, entitutado “house by the side of the road”, a casa do lado do caminho, um clássico da literatura americana, muitos quem sabe, conhecem o poema mas não sabem em que contexto ele foi escrito. Conta-se que Walter Foss estava andando pelas colinas da Inglaterra, conhecendo os vales e campinas, buscando inspiração para suas poesias e poemas. Enquanto viajava por aquelas colinas, após um dia inteiro caminhando, sujo, cansado, o poeta mirando o seu caminho se depara com uma velha e simples casa de pedras retiradas de rochas daquela região, e naquele local o cansado viajante encontrou um casal de idosos morando as margens daquele caminho. Na porta da casa havia uma pequena placa com alguns dizeres e logo abaixo uma seta com os dizeres: Entre, venha tomar um copo de água fresca. Mais abaixo em cima de uma mesa havia uma bacia de maçãs e nela uma placa com os dizeres: Por favor, sirva-se. Aquele humilde casal disse ao viajante: Não temos muito a oferecer, mas aquilo que Deus nos dá temos imenso prazer em compartilhar com nossos visitantes. E parte deste poema que eu traduzi para vocês diz o seguinte: “Deixe-me viver em minha casa ao lado da estrada onde passam por ali viajantes. Eles são bons, maus, fracos, fortes, tolos e sábios como eu. Deixem-me viver em minha casa ao lado da estrada, apenas para ser amigo daqueles que por ali passam”. Henry Drummond disse que o maior testemunho que alguém pode dar em favor de Cristo, é ser bondoso para com uma de suas criaturas. Um ato de bondade irá ensinar mais sobre o amor de Deus do que mil sermões pregados de um púlpito. Indo ao primeiro livro da Bíblia, no seu último capítulo, quero chamar a sua atenção para um ato generoso, de bondade de um homem para com seus irmãos. José havia tido um sonho, e todos conhecemos a história do que aconteceu com ele, fora vendido pelos seus irmãos para as caravanas de viajantes que iam para o Egito, e lá foi José passar pelo deserto da sua vida, passar pela experiência mais amarga, dura e desafiadora. E como todos sabemos a história, não irei contá-la novamente, José se tornou ali um grande líder. Experimentou todas as situações da vida que um ser humano pode experimentar: lutas, provas, tentações, dificuldades, angústias, sofrimento. Mas pela graça divina e pela ação do Espírito de Deus ele permaneceu firme ao lado de Deus. E no último capítulo de gênesis, capítulo 50, a partir do versículo 15, você vai encontrar os últimos momentos de José com a sua família. Quando seus irmãos vêem seu pai morto, a primeira reação é temer, ter medo, porque agora José estava sozinho, o pai Jacó estava morto e eles como irmãos, temeram de que José iria se levantar contra eles para dar o troco por aquilo que eles haviam feito contra sua própria pessoa. E o capítulo 50 e o versículo 15 diz assim:




Vendo os irmãos de José que seu pai já era morto, disseram: É o caso de José nos perseguir e nos retribuir certamente o mal todo que lhe fizemos Gênesis 50:15



Estavam com medo. Porque haviam feito o mal contra um de seus irmãos.



Versículo 16 diz:



Portanto mandaram dizer a José: Teu pai ordenou, antes da sua morte, dizendo:


Assim direis a José: Perdoa, pois, a transgressão de teus irmãos e o seu pecado, porque te fizeram mal; agora, pois, te rogamos que perdoes a transgressão dos servos do Deus de teu pai. José chorou enquanto lhe falavam. (Gênesis 50:16-17)



Versículo 18



Depois, vieram também seus irmãos, prostraram-se diante dele e disseram: Eis-nos aqui por teus servos. (Gênesis 50:18)



No versículo 19:



Respondeu-lhes José: Não temais; acaso, estou eu em lugar de Deus?
(Gênesis 50:19)




E no versículo 20:
Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida. (Gênesis 50:20)



Meus queridos, nós nunca perdemos nada quando somos bondosos. Quando tratamos as pessoas com respeito, com amor, com dignidade com bondade nós nunca perdemos nada, só ganhamos. José é um caso típico disto.



E o versículo 21 diz:



Não temais, pois; eu vos sustentarei a vós outros e a vossos filhos. Assim, os consolou e lhes falou ao coração. (Gênesis 50:21)



Um ato de bondade. Queridos amigos, como vimos, bondade não é apenas um conceito imaginário, mas é um fruto que será desenvolvido a partir do instante em que Jesus Cristo fizer parte da nossa vida. Deus nos convida a cultivarmos este fruto tão especial. Porque em última análise, em última instância, a bondade não é um fruto que trará benefícios apenas para você e para aqueles que estão ao seu redor, mas a bondade é uma ferramenta que poderá ajudar muitas pessoas a encontrarem o caminho do céu. Que Deus a todos abençoe é a minha oração, amém.


O caminho para a maturidade espiritual
Você está aqui: Seguindo Jesus >> Maturidade Espiritual




Maturidade Espiritual – Uma definição

A maturidade espiritual é um processo que começa quando uma pessoa aceita a Jesus Cristo como Salvador. Ele ou ela nasce de novo do Espírito Santo e, em seguida, escolhe viver "em Cristo". O apóstolo Paulo disse que o crescimento espiritual é um processo contínuo. "Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Filipenses 3:12-14). Nem mesmo o apóstolo Paulo tinha alcançado o alvo final, mas ele constantemente seguia adiante rumo ao prêmio.



Portanto, para que a maturidade cristã se desenvolva em sua vida, você deve fazer uma escolha de aprender a Palavra de Deus, permitir que Deus renove a sua mente, e em seguida, ser obediente ao que você aprendeu. Romanos 12:1-2 diz: "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus".



Maturidade Espiritual – Alcançando o crescimento

Quais são as marcas da maturidade espiritual? A maturidade espiritual é aprender a caminhar em obediência a Deus. É fazer a escolha de viver pelo ponto de vista de Deus ao invés do seu ponto de vista humano. Gálatas 5:16 e 25 nos ensinam: "Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito." A palavra "andar" no versículo 16 vem da palavra grega peripateo, que significa "andar com um propósito em vista". A palavra "andar" no versículo 25 é traduzido de uma outra palavra grega stoicheo e significa "passo a passo, um passo de cada vez". É aprender a andar sob a instrução de outra pessoa. Essa pessoa é o Espírito Santo. Já que os crentes são habitados pelo Espírito, eles também devem andar sob o Seu controle.
Como você pode aprender a andar no controle do Espírito Santo? Você estuda a Palavra de Deus! 2 Timóteo 2:15, 3:16-17 nos instrui: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra." Essas são instruções boas e práticas sobre como se tornar espiritualmente maduro. Não é feito por osmose, mas é feito ao escolher aplicar a Palavra de Deus às circunstâncias cotidianas. Ao andar aplicando a Palavra de Deus passo a passo em sua vida, você vai crescer espiritualmente.



Maturidade espiritual deve ser uma prioridade para você. "Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal" (Hebreus 5:13-14). Como um seguidor de Cristo, você não deve se alimentar apenas de leite. Em vez disso, você é convidado a mastigar a "carne" da Palavra de Deus. Descubra a verdade de Deus através de um estudo aprofundado da Bíblia e alimente-se espiritualmente. Em seguida, aplique esse estudo à sua vida à medida que você anda no Espírito Santo.

Maturidade Espiritual – Vivendo em Cristo

A fim de experimentar da maturidade espiritual, você deve também compreender que o crescimento vem da graça de Deus e só Deus é o seu recurso. 2 Pedro 1:3-9 nos lembra que Deus é a fonte. "Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo, por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor. Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego, vendo só o que está perto, esquecido da purificação dos seus pecados de outrora."



Ao se tornar um filho de Deus, você recebeu tudo de que precisa "em Cristo" para se tornar um crente que amadurece espiritualmente. No entanto, você é responsável por fazer uma escolha! Você vai escolher utilizar e aplicar os princípios de Deus para a sua vida? A coisa maravilhosa sobre estar em submissão ao processo de maturação de Deus é que sua vida será transformada! Você não precisa se preocupar sobre ficar maduro. Deus faz a mudança! Ele vai te transformar à imagem de Jesus Cristo quando você humildemente se rende ao Seu Espírito Santo e aprende a Sua Palavra.



Hebreus 13:20-21 diz: "Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, vos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém!"
Procura, sentar-te num sítio silencioso durante uns quinze minutos pelo menos. Começa por fazer silêncio antes de começares a dialogar com Deus.



Começa por pensar que, no mais íntimo do teu coração, Deus está em ti e por ti. Procedendo assim, a tua mente começa a ficar predisposta para acolher a presença e a acção transformadora do Espírito Santo.

Depois podes iniciar o diálogo com Deus. Tomemos a Divindade a sério. Para nós, cristãos, a Divindade é uma comunhão de três pessoas.



Podemos iniciar o nosso diálogo ou com o Pai, de quem somos filhos, ou com o Filho de quem somos irmãos.


Também nos podemos dirigir ao Espírito Santo que é, no nosso interior, o amor maternal de Deus. É ele que nos põe em sintonia com o Pai e o filho.


O nosso diálogo com Deus deve ser simples, sem palavras rebuscadas. Devemos usar as palavras mais naturais como fazemos com as pessoas que amamos.


Falemos a Deus da nossa vida, sabendo que Deus a conhece e entende muito bem. Digamos a Deus como vão as nossas actividades e as dificuldades que, por vezes nos surgem.


Não nos ponhamos a pedir muitas coisas ou a insistir muito num aspecto concreto. Este modo de orar cria em nós uma consciência miserabilista. É verdade que somos pobres e frágeis, mas com deus podemos tudo

A nossa atitude, portanto, deve ser de consciencializar a presença de Deus em nós e dar-lhe muitas graças por nos capacitar para podermos fazer maravilhas.


Segundo o evangelho de Lucas, Maria tinha uma plena consciência disso:


“A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva.

De hoje em diante todas as gerações me chamarão bem-aventurada

O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas” (Lc 1, 46-49).

Oremos e tenhamos a certeza de que a oração é sempre eficaz. Não no sentido de mudar o coração de Deus, mas no sentido de modificar o nosso coração e a nossa mente e capacitando-nos para fazer coisas que nunca seríamos capazes de imaginar.
Na medida em que nos transformamos e somos invadidos pela força amorosa e criadora de Deus tornamo-nos mediações de libertação e felicidade para os irmãos.


Na oração não devemos utilizar palavras ou pensamentos negativos. Esse procedimento não altera nem influencia Deus. Além disso devemos ter presente que os pensamentos e as palavras negativas moldam padrões negativistas na nossa mente.

Apenas as palavras positivas que exprimem fé na presença de Deus e de gratidão pela sua acção em nós são dignas de Deus.


Ao pedirmos qualquer coisa não deixemos de insistir que se faça a vontade de Deus. Deste modo estamos a reforçar a certeza de que a vontade de Deus, a nosso respeito, é muito melhor para nós do que a nossa própria.

Por outras palavras, normalmente o que Deus nos quer dar é muito melhor do que aquilo que nós lhe pedimos. O querer de Deus é muito melhor do que o nosso no que se refere ao nosso bem e felicidade.


Tenhamos a coragem de dizer a Deus com fé: “ponho-me nas tuas mãos, pois sei que o teu querer a meu respeito coincide com o que é melhor para mim”.
Procedendo assim estamos a abrir o coração a Deus, permitindo que o manancial infinito a força criadora e salvadora de Deus circule em nós.


São Paulo dá-nos o suporte perfeito para esta confiança em Deus:


“Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados de acordo com o seu desígnio.


De facto, àqueles que Deus conheceu antecipadamente também os predestinou, a fim de serem uma imagem idêntica à do seu Filho, o qual se tornou o primogénito de muitos irmãos” (Rm 8, 28-29).
Depois, passemos da oração para a vida, procurando dar o melhor de nós com a certeza de que, graças à força de Deus em nós, as nossas actividades terão os melhores resultados.

Não nos esqueçamos de pedir a Deus pelas pessoas que nos querem prejudicar ou nos maltrataram. O ressentimento, a raiva e o ódio são forças negativas que bloqueiam os circuitos através dos quais circulam as energias activadas em nós pela acção do Espírito Santo e da Palavra de Deus.


Quando surge um problema devemos falar a Deus sobre ele de modo simples e directo e com uma atitude de humildade, como por exemplo: “Eu sei que eu e tu, Espírito Santo, os dois em conjunto, podemos resolver de modo satisfatório todos os meus problemas e dificuldades.


Podemos fazer como um filho faz com o pai, a mãe ou um irmão mais velho perguntando a Deus sobre o melhor modo de resolver determinado problema.


A nossa vida corporal, psíquica ou espiritual é em grande parte condicionada pelas nossas emoções. Por outro lado, a nossa vida emocional é profundamente condicionada pelos nossos pensamentos.

A oração ajuda-nos a configurar a nossa mente com a Palavra de Deus.

Como sabemos, a originalidade do cristão é a vida teologal de Fé, Esperança e Caridade. A vida teologal põe a nossa mente e o nosso coração ao ritmo da revelação de Deus.
Quanto mais cresce em nós a vida teologal mais circulam, no nosso íntimo, as energias que nos capacitam para agir com acerto e sucesso no dia a dia.

No evangelho de João Jesus garante-nos que veio para que tenhamos vida em abundância (Jo.10,10). O cultivo da vida teologal é o modo mais eficaz de viver em sintonia com as energias de Deus.

Há muitas pessoas vivem habitualmente cansadas, fazendo esforços enormes para obter resultados minúsculos. Isto significa que as suas energias criadoras não flúem normalmente.

Além disso, essas pessoas bloqueiam a força criadora de Deus, impedindo-a de circular espontaneamente nem em grande abundância.

Estas pessoas não se sentem motivadas para criar, pois sentem-se sem forças para o fazer. Estas pessoas sentem-se tristes. E têm razão, pois o seu estado significa que estão psíquica e espiritualmente e doentes.

O caminho para sair deste sofrimento é desbloquear as vias pelas quais circulam as energias e deixar-se habitar pela força criadora de Deus.

Um primeiro passo para superar estas situações é tentar cultivar pensamentos positivos como, por exemplo:

“Estar cansado e triste não é uma fatalidade”; “podes mudar esta situação”; “sentes-te permanentemente cansado e triste porque não emergem pensamentos positivos na tua mente.


Além disso não deixas que, no teu coração, circule a força do amor de Deus a optimizar as tuas capacidades de amar a Deus e aos irmãos”.


É muito importante que façamos momentos de silêncio, visualizando a presença e acção de Deus no nosso interior.


É importante não admitir pensamentos negativos na nossa mente, expulsando-os, cinco, dez, vinte ou cinquenta vezes por dia.


Eis ainda outro aspecto importante: Quanto mais cultivarmos atitudes de não julgamento, de perdão, de amor a Deus e aos irmãos, mais os bloqueios vão sendo destruídos e mais circulará a seiva da alegria e felicidade.


As pessoas que carecem de energia estão emocional e psicologicamente desorganizadas. Isto tem um impacto enorme na saúde do seu corpo. Estas pessoas sentem-se constantemente envolvidas em conflitos interiores e problemas de saúde, seja de ordem corporal, psíquica ou espiritual.

Precisamos de cultivar uma Fé sólida e uma grande harmonia interior, a fim de o nosso diálogo e encontro com Deus atingir profundidade e dinâmica libertadora. Como sabemos, a Palavra de Deus é o alimento fundamental para crescermos na Fé.


As energias espirituais que nos habitam, tanto as de Deus como as nossas são, no nosso íntimo, a fonte do milagre. Deus está em nós e quer o nosso equilíbrio corporal, psíquico e espiritual.


A oração no Espírito Santo, fundamentada numa Fé forte é condição fundamental para acontecer, em nós, o milagre.

Com Deus podemos caminhar para uma crescente harmonia da nossa personalidade. Mas não pensemos que Deus actua sem a nossa colaboração.


A Fé, a harmonia interior e a paz que dela resulta são mediações excelentes para que as nossas energias interiores se encontrem com as energias de Deus e sejam activadas por elas.



O diálogo com Deus é sempre criador, pois estamos interagindo com a fonte das energias espirituais e criadoras do mesmo Deus. É isto que o evangelho de Lucas quer dizer ao afirmar que o Reino de Deus está dentro de nós (Lc.17,21).



Quando sintonizamos com o Espírito Santo que nos habita sentimo-nos melhor, trabalhamos melhor, fazemos melhor, dormimos melhor e facilitamos melhor a realização e felicidade dos que vivem a nosso lado.


Como diálogo com Deus, a oração muda a nossa mente e o nosso coração, alterando profundamente a nossa vida e as relações com os outros.


Mas não devemos confundir a oração enquanto diálogo amoroso e familiar com as pessoas divinas com rezas ditas de modo mecânico e segundo um número determinado para obter a devida eficácia.
É importante fazer da oração uma questão de um número determinado de palavras mágicas. Este tipo de rezas não conduz à experiência da acção libertadora de Deus no nosso íntimo.


O próprio Jesus nos previne do perigo de distorcermos a oração, fazendo dela uma questão de formular mágicas:


“Nas vossas orações não sejais como os gentios que usam de vãs repetições, pois pensam que, por falarem muito, são mais atendidos. Não façais como eles, pois o vosso Pai do Céu bem sabe do que precisais, antes de lho pedirdes”.


Orar é encontrar-se e comunicar com Deus no nosso íntimo. O Espírito Santo conduz-nos ao diálogo com Deus em termos familiares. Conduz-nos a Deus Pai com sentimentos de filhos e a Deus Filho com sentimentos de irmãos.


Como já vimos, é o Espírito Santo que nos introduz na comunhão com as pessoas divinas a qual nos leva depois à comunhão com as pessoas humanas:

“O primeiro mandamento é: Escuta Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, com todo o teu espírito, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças” (Mc.12,29-30; Mt.22,37-38; Lc.10,27)



Cresça mais agora!


A vida na Terra é valiosa oportunidade de aprendizado. Retorna o Espírito para a vida física, vestindo nova roupagem carnal, trazendo no bojo da reencarnação os propósitos de crescimento interior. E, pensando em evolução, não podemos olvidar a necessidade do esforço íntimo. Assim, imperioso se torna que deitemos reflexões sobre os assuntos que nos cercam, sempre atentos na busca de reconhecer os pontos falhos que ainda insistem em empanar o brilho do progresso que lutamos por fazer.


Em realidade, começamos a despertar para os reais valores da vida, mas ainda temos imensas dificuldades em retê-los no âmago.

Quando afirmamos, diante de determinada situação, que perdemos a paciência, na verdade significa dizer que ainda não temos a paciência que acreditávamos possuir, pois quem a adquiriu, jamais a perde.


Quando concluímos que a nossa calma acabou, é sinal inequívoco de que nunca fomos calmos, apenas trazíamos uma máscara que não resistiu aos golpes que sofreu; então, evidenciamos o que realmente somos.

Quando dizemos que o amor que sentíamos por certa criatura deixou de existir, na verdade estamos informando que, com relação a ela, mantínhamos somente laços de atração, nada mais. O amor verdadeiro não acaba.


Quando observamos que a solidariedade que cultivávamos perdeu a intensidade, podemos entender, sem medo de errar, que não éramos autênticos na solidariedade, pois quem assim o é, não retroage.


Quando percebemos que estamos cansados de fazer a caridade, sem dúvida nenhuma podemos concluir que nunca fomos totalmente caridosos, apenas ensaiávamos pequenos gestos de bondade que se enfraqueceram por falta de determinação e objetivo sério.


Quando reconhecemos o desânimo, com relação à destinação de nossas horas de folga, na realização de trabalhos assistenciais em favor de criaturas em sofrimento, iniciados com arrojo, devemos entender que não éramos desprendidos como acreditávamos ser.


Quando identificamos a ausência do desejo de prosseguirmos no serviço de edificação de uma sociedade mais justa e humana, ao registrarmos os escândalos sociais que eclodem em todos os quadrantes da nação, é porque, no âmago, nunca tivemos a convicção absoluta dos nossos deveres dentro da sociedade.


As virtudes que definitivamente adquirimos, jamais deixamos de possuir. Assim, não perdemos paciência, fraternidade, amor, caridade, tolerância, idealismo, determinação, coragem e outras tantas conquistas nobres e sublimes, quando realmente as detemos.

Então, concluindo que não as temos mais ou que elas perderam a intensidade, melhor será entender que não as tínhamos, carecendo, portanto, de sérias e acuradas reflexões, para direcionar caminhos em busca de obtê-las, com urgência e de forma total e absoluta. Então, incorporar-se-ão ao nosso quadro evolutivo e seguirão conosco para a eternidade.


Reflitamos maduramente, pois muitas virtudes que pensávamos ter, em realidade não temos. Assim, oportuno será observar a advertência do Espírito Emmanuel quando afirma que “só pela renovação íntima alcançaremos a perfeição”.

(Publicado no Livro “Mensagens de Esperança e Paz”, Edito

2 comentários:

Anônimo disse...

Fiquei muito feliz ao encontrar este blog, tão repleto de espiritualidade.se você permitir, vou frequentemente vista´lo, a fim de me sentir mais forte interiormente, enfrentando, assim com mais coragem os grandes desafios, que a vida oferece, para nos tornar mais maduros espiritualmente.

Mariamaura disse...

Olá,
Para mim é um prazer saber que você gostou e que poderá tirar uma mensagem positiva do blog , fico muito feliz por você . O blog é nosso , fique a vontade para navegar, acompanhar , copiar , ler mensagens a vontade , criei-o para isso .
Tire ótimo proveito das mensagens, tenha um santo Natal , 2012 de paz e luz , e que DEUS abençoe.
Abraços
Mari

 VOLTANDO PARA DEUS                                    Então pessoal, depois de quase dois anos que por um motivo ou outro deixei meu blog d...