quarta-feira, 22 de julho de 2009
MÉTODOS E PROCESSOS DE ALFABETIZAÇÃO
MÉTODOS E PROCESSOS DE ALFABETIZAÇÃO E AS INTERFACES COM OS GUIAS DOS PROFESSORES ALFABETIZADORES E O LIVRO CANTALELÊ
Caminho para se chegar a um fim;
Modo ordenado de fazer as coisas;
Conjunto de procedimentos técnicos e científicos.
MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO
(Métodos e Didáticas de Alfabetização: história, características
e modos de fazer de professores, Veredas, pg.15)
Um conjunto de princípios teórico-procedimentais que organizam o trabalho pedagógico em torno da alfabetização.
Um conjunto de saberes práticos ou de princípios organizadores do processo de alfabetização, (re)criados pelo professor em seu trabalho pedagógico.
“É difícil comprovar a superioridade absoluta
de um método sobre outro.
(..) uma turma x pode obter maiores ou menores resultados dependendo do que se considera como “bons resultados” em matéria de leitura: capacidade de decodificar quaisquer novas combinações de letras? Leitura oral ou fluente? Interpretação do significado?”
CARVALHO, Marlene. Guia Prático do Alfabetizador.4.ed. São Paulo: Ática, p.35-42
Qual é o melhor método
para ensinar a ler?
Se todos os métodos servem para aprender a ler, tanto faz escolher um ou outro?
“Não, absolutamente. (...) Exemplo: pessoas recém-alfabetizadas por métodos sintéticos são em geral mais atentas à decodificação integral do texto, que é lido palavra por palavra, sem omissões ou substituições. Contudo, são menos preparadas para a tarefa de interpretação”.
CARVALHO, Marlene. Guia Prático do Alfabetizador.4.ed. São Paulo: Ática, p.35-42.
O que deve ser levado em conta no momento de escolher um método?
“Simples: estude o método antes de aplicá-lo. É melhor refletir antes do que corrigir depois.
Recomendações:
considere os fundamentos teóricos (...),
as etapas de aplicação (...),
o material necessário (...),
os resultados previsíveis (...)”.
CARVALHO, Marlene. Guia Prático do Alfabetizador.4.ed. São Paulo: Ática, p.35-42.
SINTÉTICOS
Método Alfabético
(Soletração)
Método Fônico
Método Silábico
ANALÍTICOS
Palavração
Sentenciação
Global de Contos/Textos
MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO
MÉTODOS SINTÉTICOS
(alfabético, silábico, fônico)
(Orientações da SEE, cad. 3, pg.36)
PROPOSTA
ENFOQUE
VANTAGENS
LIMITAÇÕES
Progressão de unidades menores (letra, fonema, sílaba) a unidades mais complexas (palavra, frase, texto).
Processos de decodificação, análise fonológica, relações entre fonemas (sons) e grafemas (letras)
Possibilita a análise das relações entre fonemas (sons ou unidades sonoras) e grafemas (letras ou grupo de letras)
Promove o desenvolvimento da consciência fonológica e os processos de codificação e decodificação.
Desconsidera os usos e funções sociais da escrita.
Em algum momento, o aprendiz tem que se desvincular da fala para codificar (escrever) e decodificar (ler) palavras, frases e textos, já que em alguns casos a escrita não representa os sons da fala.
MÉTODOS ANALÍTICOS (cad.3)
(palavração, sentenciação, global contos/textos) (Orientações da SEE, cad. 3, pg.36)
PROPOSTA
ENFOQUE
VANTAGENS
LIMITAÇÕES
Progressão de unidades de sentido mais amplas (palavra, frase, texto) a unidades menores (sílabas e sua decomposição em grafemas e fonemas).
Compreensão de sentidos e aprendizagem ideovisual (reconheci-mento global pela silhueta da palavra, frase ou texto).
Reconhecimento global e mais rápido das palavras, possibilitando a leitura de unidades com sentido desde o início da escolarização.
Se não houver uma correta orientação do professor:
Pode dificultar a leitura com sentido quando o texto apre-sentar palavras completamente novas.
Se não houver uma orientação correta para a decodificação,
corre-se o risco do aluno utilizar do recurso da memorização sem observar que as palavras são compostas de unidades menores.
MARCHA
1º Passo: Memorização do nome das letras;
2º Passo: Representação gráfica;
3º Passo: Representação famílias silábicas (b+a=ba; b+e=be, b+i=bi)
4º Passo: Monossílabos, dissílabos, trissílabos e sílabas não canônicas.
5º Passo: Textos segmentados (a ca sa a ma re la na flo res ta)
MÉTODO ALFABÉTICO (SOLETRAÇÃO)
(SINTÉTICO)
MARCHA
1º passo: Vogais: nome e som das letras são iguais
2º passo: palavras formadas apenas por vogais
3º passo: apresentação os fonemas regulares (d, b, f, j,m,n...) de forma
isolada e processualmente os irregulares
4º passo: junção dos fonemas regulares e, processualmente os
irregulares, com as vogais, formando sílabas
5º passo: formação de palavras
6º passo: formação de frases
7º passo: formação de textos
MÉTODO FÔNICO
(SINTÉTICO)
MARCHA
1º passo: Apresenta-se as vogais, com ajuda de ilustrações e palavras como
“o” de OVO; “e” de ELEFANTE;
2º passo: Apresentam-se as sílabas canônica, utilizando palavras e ilustrações e destacando a sílaba na palavra: ma de macaco, na de navio, pa de
panela, e as não canônicas, de forma processual;
3º passo: Famílias silábicas da sílaba em destaque na palavra;
4º passo: Formação de palavras;
5º passo: Formação de frases;
6º passo: Formação de pequenos textos.
MÉTODO SILÁBICO
(SINTÉTICO)
MARCHA
1º passo: Apresentação de palavras ilustradas que fazem parte do universo infantil;
2º passo: Memorização (leitura e escrita da palavra)
3º passo: divisão silábica das palavras
4º passo: formação de novas palavras com as sílabas estudadas;
5º passo: estudo e análise de grafemas/fonemas
6º passo: formação de frases
7º passo: formação de textos
PALAVRAÇÃO
(ANALÍTICO)
MARCHA
1º passo: Apresentação de frases que fazem parte do universo infantil;
2º passo: Memorização (leitura e escrita da frase);
3º passo: Observação de palavras semelhantes dentro da sentença;
4º passo: Formação de grupo de palavras;
5º passo: Isolamento de elementos conhecidos dentro da palavra (sílaba);
6º passo: Estudo e análise de grafemas/fonemas
SENTENCIAÇÃO
(ANALÍTICO)
MARCHA
1º passo: Apresentação de partes do texto com sentido completo, em cartazes;
2º passo: Memorização - leitura e escrita do texto;
3º passo: Decomposição do texto estudado em frases, (iniciando-
se o estudo do 2º cartaz);
4º passo: Decomposição das frases em palavras;
5º passo: Decomposição das palavras em sílabas;
6º passo: Formação de novas palavras com as sílabas estudadas;
7º passo: Estudo e análise de grafemas/fonemas.
GLOBAL DE TEXTOS/CONTOS
(ANALÍTICO)
MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO
(equilíbrio e articulação)
princípios de decodificação e de organização do sistema alfabético-ortográfico da escrita;
princípios de compreensão, reconhecimento global e construção de sentidos em contextos de usos sociais da escrita e da leitura;
princípios pertinentes à progressão das capacidades das crianças, com ênfase em intervenções para avanços.
Caderno 3 SEE/MG
E hoje, que critérios observar na escolha dos métodos de alfabetização?
- Qualquer que seja o método escolhido, deve ser observado um envolvimento sistemático dos alunos com a escrita em muitas situações sociais.
- Qualquer que seja o método, o reconhecimento da dimensão fonológica da língua é indispensável para a aquisição da base alfabética.
Orientações para a Organização do
Ciclo Inicial de Alfabetização
(Caderno 1 – p.22)
“As metodologias de ensino, por si mesmas, não são suficientes para assegurar resultados positivos, pois dependem sempre do professor, de sua sensibilidade para interpretar as necessidades dos alunos – particularmente daqueles que apresentam dificuldades no processo de aprendizagem”. (grifo nosso)
“Mais do que pensar em métodos, é preciso compreender os processos de aprendizagem da criança ao tentar reconstruir a representação do sistema alfabético”.
EMÍLIA FERREIRO
TEORIA X MÉTODO
Caminho para chegar a um fim;
Modo ordenado de fazer as coisas;
Conjunto de procedimentos técnicos e científicos.
Forma de pensar e entender algum fenômeno.
MÉTODO
TEORIA
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO (Magda Soares, 1998)
O PAPEL DO PROFESSOR É ENSINAR A LER E
ESCREVER NO CONTEXTO DAS PRÁTICAS
SOCIAIS DE LEITURA E ESCRITA, DE MODO
QUE O INDIVÍDUO SE TORNE, AO MESMO
TEMPO, ALFABETIZADO E LETRADO.
MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO
Longe de estarem aqui para nos confundir, para determinar nossa personalidade ou nossa prática como professores,estão aqui para nos darem suporte e nos ajudar a alcançar nossas metas!
Passando pelo avanço das teorias e práticas sobre avaliação...
Formação integral do aluno, aprendizagem significativa?
Coerência com as teorias da avaliação atuais?
Proposta do Guia do Alfabetizador?
Orientações dos cadernos da SEE?
E na Resolução 1086/08 da SEE?
Estamos fundamentando nossas práticas de avaliação na LDB 9394/96?
Para saber mais sobre métodos...
Orientações para a Organização do
Ciclo Inicial de Alfabetização
Caderno 1, p.22 - Um problema de método?
Caderno 2, p.11 – Concepção de alfabetização e letramento
Caderno 3, p.35 – O lugar da discussão metodológica no conjunto de decisões relacionadas à alfabetização
Cantalelê
Caderno do Professor, p.2 – A disputa entre os métodos de alfabetização.
GUIA DO ALFABETIZADOR Apresentação do Guia
Proposta: Contribuir para a ressignificação da prática pedagógica, com ênfase no processo de alfabetização e letramento.
RESOLUÇÃO 1086/08
Considera a necessidade da urgência de uma política que dê ênfase ao processo de alfabetização e letramento dos alunos da rede pública.
Toda criança lendo e escrevendo até os oito anos de idade;
Todos os alunos aprendendo juntos;
Nenhum aluno a menos;
Toda a comunidade participando;
Toda escola fazendo a diferença.
E NO PROALFA: 81% DOS ALUNOS DO 3º ANO DO CICLO DA ALFABETIZAÇÃO NO NÍVEL RECOMENDÁVEL
METAS/2009
REFERÊNCIAS E
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, Marlene. Guia prático do alfabetizador. São Paulo: Ática, 1999. 95p.
Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita. Orientações para a organização do ciclo inicial de alfabetização. Belo Horizonte: Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais, 2003. 6 vol.
ELIAS, Marisa Del Cioppo. De Emilio a Emilia: a trajetória de alfabetização.
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 1991.103p.
FONTANA, Roseli; CRUZ, Nazaré. Psicologia e trabalho pedagógico. São Paulo: Atual, 1997. 231p.
FRADE, Isabel Cristina Alves da Silva. METODOLOGIA e didáticas de alfabetização: história, características e modos de fazer de professores. Belo Horizonte: CEALE, 2005.
Guia do Alfabetizador. Belo Horizonte: 2008.
MADI, Sônia. Cantalelê.
LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo: Ática, 2000. 70p.
LUCK, Heloísa. Pedagogia interdisciplinar: fundamentos teórico-metodológicos. São Paulo: Vozes, 1994. 90p.
REFERÊNCIAS E
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa. Alfabetização: método sociolinguístico: consciência social, silábica e alfabética em Paulo Freire. São Paulo: Cortez, 2007.150p.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione 1997. 111p.
Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais/Secretaria de Educação Fundamental. Rio de Janeiro: DP&A, 2000. 126p.
RIZZO, Gilda. Alfabetização natural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998, 336p
SEE. Resolução 1086/2008. Belo Horizonte: 16/04/2008.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.124p.
VEREDAS, Coleção. Formação Superior de Professores. Módulo 5, vol. 1, SEE/MG, pg. 27.
www.google.com.br, pesquisa baseada nos termos: História dos Métodos de Alfabetização, Vygotsky, Métodos de Alfabetização, Piaget, Construtivismo, Comenius, Paulo Freire,entre outros.
portal.mec.gov.br, em História dos Métodos de Alfabetização no Brasil, de Maria do Rosário Longo Mortatti
Fonte: www.educacao.gov.br
http://74.125.47.132/search?q=cache:86pDejE79EQJ:crv.educacao.mg.gov.br/aveonline40/sistema_crv/pip/PIP_12_13_FEV/Apresenta...ppt+alfabetiza%C3%A7%C3%A3o+primeiro+grupo+sil%C3%A1bico&cd=7&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br
************marimaura***********
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