A discussão do significado de educação e cultura.
Quando se pensa na relação entre cultura e educação que se estabelece dentro da escola, existe um aspecto essencial que requer reflexão. A importância do ponto de partida refere-se à relação da escola com a cultura do lugar onde ela está situada. Se partirmos do principio de que o lugar é um espaço vivo, carregado de memórias e significações, a abertura à comunidade é fundamental e permite que alunos e suas famílias se enxerguem em seu território, nutram o sentimento de pertencimento, de enraizamento e se sintam reconhecidos no conhecimento que a escola produz e transmite a seus estudantes.
No entanto, nos dias atuais, em que a globalização nos obriga a buscar, cada vez mais, um entendimento claro entre pessoas e instituições, um exame de pontos comuns ou divergências ontológicas entre essas duas idéias parece oportuno. Os termos :
A reflexão sobre o exposto nos conduz a outras constatações como a amplitude ou a abrangência da educação na sociedade. De fato, a educação transcende, no seu âmbito, a parte abstrata da aquisição de conhecimentos ou informações, a da adoção de padrões de comportamento ou a dos preceitos morais. A educação se efetiva, também, na “praxis”, sendo responsável pela manutenção da saúde, pelo exercício da cidadania, própria de uma consciência social.Educação e cultura são de possíveis relações conceituais, entre esses termos pode, a princípio, parecer um ocioso exercício de semântica onde oscilam, no entendimento geral, entre a identificação e a radical diferenciação. Nos discursos, principalmente nos de caráter político, a educação é identificada com a escola ou a escolaridade e a cultura com a erudição ou o volume de informação. Constata-se, então, que educação e cultura não são sinônimos, mas, dois fenômenos com estreita interdependência, coexistindo e interagindo na sociedade, podendo-se, até, afirmar que guardam entre si uma relação de mútua responsabilidade.
Responsabilidade, também, seria a do cidadão, enquanto “animal político”, como o definia
Aristóteles, zelando para que a interação se processe de forma dinâmica, conservando e renovando a cultura, sem “vazios axiológicos”.
Mariamaura
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